segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A par de tocar

"Alice tem dificuldade em lidar com os outros, Mattia também. Ela devido às marcas deixadas por um acidente na infância, que lhe deixou marcas físicas. Ele porque carrega a culpa do desaparecimento da irmã gémea.
Alice expressa toda a sua raiva com comportamentos 'ensaiados' mas nunca sentidos, e, sobretudo pouco partilhados, Mattia abdica de uma vida normal para dedicar a sua inteligência à matemática e a fenómenos da física.
Ela torna-se fotógrafa, ele especialista em álgebra, ao longo da história as suas solidões encontram-se, compreendem-se, mas não se resolvem.
Alice e Mattia nunca deixam de ser uma versão humana de primos gémeos: pares de números primos que estão próximos um do outro, aliás, quase próximo, pois entre eles existe sempre um número par que os impede de se tocarem"
Alexandra Oliveira
(uma colaboradora que nos incita à leitura ilustrada em sardas)

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