segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A padroeira

Desconhecíamos - até porque nos movemos num conceito de paz e amor pela causa sardenta - mas as sardas podem servir de epicentro a polémicas de contornos pouco claros, como sucedeu recentemente na Austrália. A Vogue aussie é acusada de ter criado uma nova moda, um must-have como gostam de dizer (tem-de-ter, em sentido literal), apenas para promover a vencedora do concurso Australia’s Next Top Model, evento patrocinado… pela Vogue. Segundo a publicação, e passo a citar, “as sardas já foram algo que as estrelas tentavam disfarçar, mas agora elas (as estrelas) colocaram-nas na vanguarda da moda”. Não bastasse este alegado impulso à carreira de Alice Burdeu, a campeã sardenta do referido concurso, também o editor de moda da GQ australiana, Alex Bilmes, veio dar novao empurrão às virtudes da peculiar característica dermatológica, regozijando-se da forma que passamos a transcrever: “As sardas devem ser abraçadas, tocadas, beijadas. Sardas são uma provocação: se eu posso ver que algo em você é sardento, pergunto-me sobre o resto “. A consideração assentou-lhe bem, mas só veio agudizar a polémica, pela particularidade da GQ pertencer ao mesmo grupo da Vogue. Com ética ou falta dela, nós, promotores de um blog desvinculado aos grandes grupos de media, aplaudimos a iniciativa. Mesmo que concertada, projectou mais uma sardenta toda catita. E até pode ser que peguem… as sardas

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fita métrica

Misti Traya, a sardenta de hoje, oferece-nos um percurso ligeiramente diferente ao das modelos-que-passam-a-actrizes-só-porque-são-brutalmente-giras. Esta hawaiana começou por estar a milímetros de enveredar pela alta competição e tornar-se numa nova Katarina Witt da patinagem sobre o gelo. Cansada dos treinos diários, Misti largou os patins. Apostou no associativismo escolar e esteve à mesma distância de uma carreira política. Foi presidente da colectividade da escola feminina de Marlbourogh e bastante elogiada pelas colunas de opinião publicadas no jornal da instituição. Motivada pelas coleguinhas de carteira, Misti canalizou a qualidades da escrita para os argumentos e chegou a criar algumas peças de teatro. Depois de encher encadernações de ficção, decidiu dar-lhes vida… e corpo. Tem participado em algumas produções discretas e continua também a milímetros de se tornar uma figura de primeiro plano na red carpet

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mariscada

Danielle Gamba tinha uma vida pacata como assalariada no agrupamento de cheerleaders dos Oakland Raiders, agremiação de touros praticantes de futebol americano. Estava esta rapariga neste rancho folclórico para miúdas-com-saias-curtas-e-decotes-pronunciados quando recebeu ordem de expulsão. Um dos elementos do reputado clube tinha descoberto, acidentalmente, umas fotos de Danielle em pelota numa publicação da Playboy. Esconjurada, a nossa sardenta de hoje apostou na modelagem para consumo masculino e fez sucesso na FHM, até a publicação norte-americana falir por parcas vendas nas bancas. Juntou depois umas coroas no ballet, capitalizando a aprendizagem coreográfica no já referido rancho dos Raiders, até que alguém se deparou com o seu rosto camuflado de sardas e a resgatou para um filme, onde protagonizará uma universitária a cursar enfermagem. Não tem muito a ver, mas pode ser que se safe

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bertinha doentinha

O cinema francês tem o condão de nos oferecer amiúde pequenas (literalmente) surpresas. Admito que não sou admirador do ritmo pastelão de muitas das obras cinematográficas gaulesas. Teimam em escarafunchar no conteúdo e esquecem-se que uma pessoa está ali aconchegada no sofá e se não é agitada por algum ritmo fecha a pestana e perde o fio à meada. Só para concluir a minha apreciação, também acho que as comédias não funcionam. A musicalidade do francês é uma mistura estranha entre o coloquial e o amaricado, o que, convenhamos, não sugere grande graça. Agora graça tem esta miúda, Bertille Noel-Brunneau, uma jovem que a crítica (leia-se bando de intelectuais presunçosos) coloca na senda de Victoire Thivisol, a estrela do melodrama Ponette. Bertille promete rivalizar com Victoire no que respeita aos filmes de chorar-as-pedras-da-calçada, fiando, por exemplo, na participação em La Petite Chartreuse, na qual ficciona uma vítima de um brutal acidente de viação, passando todos os frames da fita entre a vida e a morte. Ideal para quem aprecia descarregar prantos

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Trunfa

Apesar de servirem de berço ao prato mais típico português, os noruegueses não são grandes apreciadores de bacalhau. Deixam o bicho reproduzir-se mas delegam nos nossos pescadores a dura tarefa de o recolher no mar. Em terra, estes nórdicos são bem mais zelosos no produto interno e esmeram-se no contributo em alindar a população mundial como é o formoso exemplo de Sunniva Stordahl, a sardenta de hoje. Esta modelo trintona gaba-se de ser requisitada pelas formas esguias e, sobretudo, pela densa massa capilar que lhe floresce no coruruto. Aliás, Sunniva faria muito melhor figura que a Carla Matadinho ou a Barbara Elias na recente campanha do Sporting para angariação de sócios. No lugar de bárbaras barbas de meio ano de crescimento, Sunniva exibiria o cabelo de uma vida (bem que me podias ceder um ou dois tufos dessa cabeleira, oh Sunniva, que já me vão faltando pelosidades)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A megera

A Sara Leitão é produto 100% nacional no que respeita a sardentice, qualidade que prezamos e que dá razão de existência a este blog. Esta jovem actriz é a vilã de mais uma temporada de Morangos com Açucar. A Jennifer, a personagem que a nossa sardenta de hoje encarna, é tão-tão má que consegue ser muitíssimo pior que os argumentos da telenovela juvenil da TVI. Fitando a angélica pose de Sara, somos incapazes de imaginar as paletes de crueldade desta menina, mesmo que ficcionada. Entre as suas rotinas diárias figuram raptos a jovens incautos e aplicação, nos mesmos, de perversas sevícias. Ao longo das peripécias noveleiras da sua personagem, Sara simula uma panóplia de crueldades que, por decoro, nos abstemos de referenciar, mas que podem ser acompanhadas por toda a miudagem em pleno prime-time televisivo

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Tapa-buracos

Imaginem que na recta final de uma produção de um filme, o realizador verifica que tem pouco menos de dois minutos de fita em branco, que urge preencher. Ora Margot Farley, a sardenta de hoje, será das primeiras, entre as sobras do casting, a ser chamada. O histórico desta actriz norte-americana é constituído por pequenas aparições em algumas grandes produções televisivas e cinematográficas. Nem o olho azul, nem sequer as feições formosas, têm ajudado para guindar esta rapariga para patamares com maior visibilidade mediática. Como obriga o nosso papel filantropo, fica aqui a chamada de atenção: oh pessoal da indústria de Hollywood, vamos lá a dar uma oportunidade que se veja à Margot, que ela tem de certeza as potencialidades castradas pela vossa indiferença

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Montanha quebrada

Filha do neto do fundador dos Giants, uma das melhores equipas nova-iorquinas de futebol americano, Kate Mara nunca foi grande apreciadora de modalidades com bovinos a correr atrás de melões. No lugar de praticar desporto, preferiu, desde tenra idade, sentar o rabo no sofá e devorar filmes da Judy Garland, uma actriz que se notabilizou por dois motivos: primeiro contracenou com um leão gay, um empalhado e um vira-lata e, depois, deu à luz uma das maiores consumidoras de bebidas espirituosas de todos os estados norte-americanos, Liza Minnelli. Voltando a Kate, a sardenta de hoje tem rentabilizado a precoce opção pela dramatologia com sucessivas aparições em séries famosas, como Nip Tuck, CSI e 24. A manchar o currículo está também uma participação ligeira no estranho Brokeback Montain, o tal das coboiádas entre cuidadores de rebanhos

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ABBelga

Agora que está prestes a estrear nas nossas salas de cinema o musical Mamma Mia, faz todo o sentido falar de Axelle Red. Esta cantautora cometeu a proeza de unir uma Bélgica fraccionada pelos cantões e respectivos idiomas. Oriunda do pedaço flamengo do país-sede do Executivo europeu, Axelle renegou o dialecto cacofónico das suas raizes, germinadas em Hasselt, e apostou no mais internacional (mas não menos amaricado) francófono. O primeiro álbum, Sans Plus Attendre, qualquer coisa como Já Não Dou Nada por Isto, vendeu para lá de 500.000 cópias só na macambúzia Bélgica, números que, tomando em conta o título da obra, rebentou com todas as expectativas da modesta cantora. Ah... e com isto tudo esquecia-me de abordar o tema que iniciou a postada. Pois é... como ninguem é perfeito, Axelle, imaginem vocês, vinculou-se à música inspirada pelos temas dos ABBA. Esse mesmo agrupamento sueco, agora homenageado no cinema com uma comédia musical que promete deliciar muitos nostalgicos. Eu passo!