sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Atéjádeus

Caros (fiéis) leitores. Este espaço peculiar caminha para um final (feliz). O tempo começa a minguar e o risco do patrão me afiambrar com mais cortes salarias a avolumar-se. Ainda vacilo entre o adeus e um até já, mas enquanto pondero, não arrisco e faço um remate com a esplendorosa entrevista com uma genuina sardenta portuguesa. A Dínia (nome ficcionado) sujeitou-se ao exigente inquérito de um dos maiores especialistas na área da derme salpicada. Resultou nisto.- Lembras-te do dia em que te apercebeste que tinhas o rosto
sarapintado? E lembras-te o que pensaste?
É uma coisa de família, sempre foi normal. Ser diferente é não ter sardas. Como é que consegues?
- Alguma vez contaste as tuas sardas?
Não mas ando para fazer isso há uns tempos.
- Tens uma estimativa?
Para cima de várias.
- Numa passadeira vermelha, à entrada para uma estreia de um
filme, camuflarias as tuas sardas com maquilhagem?
Camuflar? Não!
- Ter sardas é um dom ou uma cruz?
Obviamente, um dom.
- Alguma vez elogiaram as tuas sardas?
Sim, mas às vezes o que querem mesmo dizer é "oh, coitada, nem é feia mas
assim com aquilo". É uma boa triagem. E depois há aqueles que têm uma pancada
por sardas e me pedem entrevistas para um blogue alusivo ao tema.

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