quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Água com a Suka

Imagine, por exemplo, que continua a adiar a revolução edipiana da personalidade. Que a agitação dos sonos se deve à insistente presença da professora do primeiro ciclo nos devaneios nocturnos. Que a elaboração do conceito maternal anda violentada pelas incontroladas fantasias com a autoritária stôra Adélia. Que se afunda claustrofobicamente nas formas da instrutora primária e já não sabe o que fazer com tanta elaboração adiposa. Que não resolveu a sua masculinidade. Que tem pavor a martelos só porque Freud o associava à sinuosa simbologia fálica. Que padece de uma galopante patologia homofóbica. Que simula um súbito surto comichoso no nariz sempre que alguém do mesmo género lhe estende a mão para um cumprimento cordial. Caro leitor... o meu amigo caminha para uma gravíssima desordem borderline. Páre! Não dê o último passo para o abismo. Contenha os impulsos letais e consulte-se com a Suka, a nossa sardenta de hoje, licenciada para lhe medicar os transtornos